Não me importa o nome da palavra, diz o camarada, não me importa quanto custa a parada. Quero o que muitos não permitem, insiste, quero o que muitos não admitem. Quero sim a vez que me cabe, afirma, a voz que não me cale. Porque sei, na real, que nem todas as casas são amarelas e nem todas elas têm quintal e nem todas as ruas têm jardins. Sei também que quanto mais caminho torto, mais conheço o que de mim não tenho chance. Sei que enquanto falo dos que vivo, muitos que nem conheço estão mortos, ou estão dormindo.
Não me importa se na porta ninguém parte sem acenar adeus. Mas eu me importo, e só por isso nunca deixo de dar tchau.
Seja em tom de até breve ou mesmo nunca mais.
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Porém, esse ainda não chega a ser o final.
Um comentário:
O "meu" mais novo favorito texto postado no Palavra Leste. Direto ao ponto, fluente, ritmado e até rimado! Tudo isso sem parecer forçado. Engessado em uma fórmula para o "sucesso".
Gostei muito!
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