Hoje, 14 de março, é o Dia Nacional da Poesia. Por isso, pouco antes do amanhecer deste domingo escrevi uma, não por homenagem à poesia, mas por saber que ao menos neste dia é permitido a qualquer pessoa ser poeta, até mesmo a mim.
Alvorada
Findam por aqui o último gole e
o último trago,
também o último dedo de prosa
que já se dissolve inerte
num breve adeus.
Recolhidos todos os copos
da mesa à pia,
abrem-se as janelas para que
o ar gasto circule em retirada,
apagam-se as luzes quando
o brilho do dia vem
e o silêncio da manhã anula
qualquer resquício de portanto
enfim ou
porém.
Daqui para adiante
a realidade dos outros
acorda do seu sono,
enquanto a minha adormecerá
(para ser continuada em sonho).
Um comentário:
E viva os poetas!!!!
Que ainda acham poesia na vida!!!!!
muito boa a última estrofe !!!
Bem subjetivo.
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