Como já havia falado em outros momentos aqui no blog, eu venho trabalhando numa compilação de alguns poemas meus, que penso em publicar assim que puder. São quarenta e poucos textos reunidos pelo título (ao menos por agora) de dias BLUE JEANS. Enquanto não publico, faço aquelas revisões exaustivas, acrescentando artigos e adjetivos ou mudando tempos verbais, introduzindo novos versos e deletando outros sem nenhum nexo.
Ontem mesmo gastei algumas horas de sono em uma dessas revisões, e cheguei a cortar três poemas os quais não achei muito coerente em relação ao todo da coletânea. Já estou vendo outros para encaixar no lugar destes.
Também estou pensando em colocar o livrinho à mostra primeiro no blog, antes do formato final em papel e tinta. E para quem acompanha este blog (sempre torço para que haja alguém), poderá ter uma prévia do conteúdo do dias BLUE JEANS, durante sua produção. Mas por enquanto, só mostrarei os três poemas que excluí ontem. Ou seja, saberá do livro apenas o que não fará parte dele.
***
Posso ser narcótico
ao solo de guitarra que se exoande,
ao líquido vermelho
que transcorre nas veias,
mas não fico parado
a olhar pela janela
os tiros assassinos
de mentes sóbrias que devaneiam.
***
Não serei mais
do que a vida
quer que eu seja.
Mas é certo:
serei extremamente livre,
livre sem que a morte
me perceba.
***
Sentimento do mundo X Humanidade
Talvez nem Baudelaire explicaria o concreto
tão abstrato do meu ego,
mas um realismo místico à la Raul Seixas
seria o bastante para definir:
sois cristal de alma negra,
tua ingrata e inexata humanidade.
Um comentário:
"Não serei mais do que a vida quer que eu seja"
Gostei disso Farley
Qdo ficar pronto publica aqui.
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