
*
* * *
Hoje à tarde, no Café Bistrot,
um senhor da mesa logo ao lado
pediu um café, preto, e um poema
do Vinícius.
Me demorei pensando nesse pedido alheio.
Talvez lhe trouxesse um livro do poeta,
ou um folheto com o texto impresso,
ou até mesmo um tipo de café
com nome de escritor.
*
Nenhuma dessas possibilidades.
Quando a moça trouxe o seu café,
junto entregou um pequeno sachê de papel,
branco, com algumas letras miúdas que não
pude ler.
*
O senhor ainda confirmou:
– É do Vinícius de Moraes?
– Sim, senhor. Vinícius legítimo.
*
Ao invés de açúcar,
ele colocou o conteúdo do sachê na xícara,
mexeu e rapidamente tomou o seu café.
Sorriu, levantou-se e saiu cantarolando baixinho
pela calçada.
*
Ironicamente não fiquei curioso em saber
do que era feito aquele componente acrescentado à bebida.
(...um elemento surreal? ou substância fantástica?...)
um senhor da mesa logo ao lado
pediu um café, preto, e um poema
do Vinícius.
Me demorei pensando nesse pedido alheio.
Talvez lhe trouxesse um livro do poeta,
ou um folheto com o texto impresso,
ou até mesmo um tipo de café
com nome de escritor.
*
Nenhuma dessas possibilidades.
Quando a moça trouxe o seu café,
junto entregou um pequeno sachê de papel,
branco, com algumas letras miúdas que não
pude ler.
*
O senhor ainda confirmou:
– É do Vinícius de Moraes?
– Sim, senhor. Vinícius legítimo.
*
Ao invés de açúcar,
ele colocou o conteúdo do sachê na xícara,
mexeu e rapidamente tomou o seu café.
Sorriu, levantou-se e saiu cantarolando baixinho
pela calçada.
*
Ironicamente não fiquei curioso em saber
do que era feito aquele componente acrescentado à bebida.
(...um elemento surreal? ou substância fantástica?...)
*
Queria saber mesmo qual era o poema que tinha nele...
Queria saber mesmo qual era o poema que tinha nele...
Um comentário:
Ótimo texto! Confesso que eu tbm fiquei curiosa para saber... rs. Já li sobre o seu blog no blog do Mirabel, mas só agora passei por aqui. Abraço!
Postar um comentário