4ª parte da apresentação da seleção de 15 poemas, do meu livrinho intitulado “dias BLUE JEANS”, inédito por enquanto.
* * *
“Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clows de Shakespeare
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.”
(Poética – Manuel Bandeira)
(Poética – Manuel Bandeira)
* * *
Esfumaçante, fazendo amor
Sei como sabes
agora estou aqui
assistindo aos pés da cama
o trem esfumaçante partir.
Sei como queres
subir pelas paredes
de tesão aromático sexo
agora que estou aqui
com sede
assistindo o trem partir.
Partiremos a noite ao meio
sublinhando vontade voraz
arrasaremos com olhares obscenos
fazendo coisas que nem Freud é capaz
de explicar
a fumaça,
o apito,
os trilhos,
o caminho,
que o trem esfumaçante faz.
Sei como sabes
agora estou aqui
assistindo aos pés da cama
o trem esfumaçante partir.
Sei como queres
subir pelas paredes
de tesão aromático sexo
agora que estou aqui
com sede
assistindo o trem partir.
Partiremos a noite ao meio
sublinhando vontade voraz
arrasaremos com olhares obscenos
fazendo coisas que nem Freud é capaz
de explicar
a fumaça,
o apito,
os trilhos,
o caminho,
que o trem esfumaçante faz.
* * *
Poema para ser lido
às cinco da manhã, sozinho
Como bêbado quero
bailar loucuras em domingos de solidão,
beber mais uma
esquecer da vida,
subir coretos, gritar te amo!
anoitecer no relento
Poema para ser lido
às cinco da manhã, sozinho
Como bêbado quero
bailar loucuras em domingos de solidão,
beber mais uma
esquecer da vida,
subir coretos, gritar te amo!
anoitecer no relento
sonhar romântico.
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