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“Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clows de Shakespeare
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.”
(Poética – Manuel Bandeira)
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Flor de cacto
Minha lucidez é vulnerável
a sua beleza,
desperta-me desejo em
possuí-la como uma obra rara,
uma espécie única...
Sorve de mim as
percepções da natureza,
sua exótica beleza me faz
chorar e me faz sorrir,
seu aroma é sutil ao mais lépido olfato.
Flor de cacto de pétalas sensíveis...
mas intocável.
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Manifesto Amoroso
É essa vontade de te ver
que me faz sentir prazer
em correr
mais rápido que luz,
rumo à imensidão
em que tu te escondes,
no vasto caminho
do tempo e do amor.
Essa vontade de conhecer
o que tu celebras
para mim,
saber qual tinta que pinta
a tua forma,
é que me transforma
em anjo e pecador:
sagaz na maneira de te sentir,
fiel no jeito de me expor.
Um comentário:
Hum! Já ia perguntar sobre os versos? rsrs
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