Na direção que olho
até aonde o relevo fica plano,
no horizonte em que não me encontro,
lá há movimentos
os quais por aqui não tem.
A rua, pisa de gente,
serpentes desenrolando automóveis
e viadutos,
vidraças espreitando estranhos,
olhares focando postes
e downloads.
De onde olho
são pressentidos outros movimentos,
Estes, o do rio chiando à laje,
o do vento no meio da tarde,
o do besouro estatelando no chão,
e a montanha que também se movimenta
com o passar dos séculos,
lentamente,
discretamente.
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