“Eu não sei se todas as pessoas amam seus cientistas, mas com certeza todas as pessoas amam seus poetas”. Essas são palavras de um poeta que ao meu ponto de vista é um dos melhores que conheci e vou conhecer, não porque vende muitos livros, pois na verdade ele não vende, o que me interessa é como ele consegue mudar a vida de uma pessoa. Quando você o lê, descobre-se um outro ser escondido no mesmo. O seu maior mérito foi ser um escritor da literatura marginal, lembre-se que marginal não é nenhum delinqüente que desconstrói às leis, mas isso deixarei para explicar em outro post no blog. Voltando ao autor, é um dos mais instigantes autores de seu tempo (e fora dele), reconhecido e celebrado em seu cenário (e fora dele), ele é parte da geração de poetas marginais dos anos 70. No início, eram as revistas alternativas da distante Curitiba; da década de 1980 em diante, o verso se fez carne e habitou (em) entre nós. O que ele mais queria era ver a poesia chegar a todos com uma linguagem popular, mas enriquecida, e como fez bem, além disso desconstruia toda uma ideologia criada em torno da literatura, para ele não precisávamos procurar porque para tudo, procurar essa resposta era a mesma coisa que tentar explicar o orgasmos ou outras nuancias dessa vida.
Em 1944, Curitiba, Paraná, 24 de agosto, nascia Paulo Leminski Filho, Filho de Paulo Leminski e Áurea Pereira Mendes Leminski. Em 1964, São Paulo, SP, sai sua publicação de poemas na revista Invenção, porta voz da poesia concreta paulista, quatro anos depois casa-se com a poetisa Alice Ruiz. Tem três filhos, Miguel Ângelo, falecido aos 10 anos; Áurea Alice e Estrela.
Claro que a vida dele não se resume apenas nesses fatos citados acima, deixo aqui apenas alguns. Caso queira ter uma noção melhor de quem é Paulo Leminski Filho, aconselho que dê uma olhada no site http://www.jornaldepoesia.jor.br/pl.html, do qual encontrará tudo sobre ele, pois o site se destina ao autor.
Resolvi colocar aqui um de seus poemas, aprecie!
Amor Bastante
quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante
basta um instante
e você tem amor bastante
um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto.
Bom se depois de tudo isso não convenci você leitor a ler Leminski, dou por encerado meu trabalho, e peço que não lei nada que escrevo, pois não sou bom o bastante para convencer as pessoas. Abraços! Espero que tenham gostado, peço por gentileza que adicionem seus comentários para assim interagir com o nosso blog. Obrigado! - Por favor caro leitor caso queira copiar este post pedimos agentileza de colocar a origem, pois nosso blog e registrado.
Um comentário:
Olá Klebio,
Gostei do vídeo com o Paulo Leminski. Isso que ele fala no vídeo é a essência da arte literária. Até então, eu não sabia que você tinha essa visão de literatura. Gostei de saber, agora. Meu abraço, José Fernandes.
Postar um comentário